Comerciantes autuados por venda de vinho com adição de etanol negam envolvimento na falsificação
Seis comerciantes de Curitiba foram autuados pela venda de vinho feito com etanol. A ação, da Polícia Civil, teve apoio do Ministério da Agricultura, da Vigilância Sanitária e da Universidade Federal do Paraná. Diversas garrafas do vinho falso foram apreendidas.
A polícia investiga quem são os responsáveis pela fabricação e distribuição do produto. Os comerciantes autuados alegam que compraram o produto de um distribuidor, que NÃO disse que o vinho havia sido alterado. Por esta razão, a Polícia Civil entendeu que a conduta dos comerciantes foi culposa.
O objetivo agora é chegar nos distribuidores e nos fabricantes da bebida, diz o delegado Pedro Filipe.
Há indícios de que a bebida seja vendida em outros estados brasileiros. Comercializada como “Vinho Colonial” nos bairros Centro, Cajuru e Umbará, a bebida tinha rótulo com selos de órgãos de governo e até de registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.
De acordo com as investigações, todas as informações eram falsas. O auditor do Ministério da Agricultura, Cezar Pian, diz que produtos que não passam por fiscalização, como os vinhos adulterados, podem trazer prejuízos para a saúde de quem consome.
Denúncias encaminhadas ao Ministério da Agricultura indicavam que consumidores passaram mal após consumir o vinho. O laboratório de química da UFPR confirmou que na composição havia: vinho com etanol combustível, ácido cítrico, corante e estabilizantes. Quatro homens e duas mulheres foram autuados por venda de bebida adulterada. Mesmo com a autuação, os estabelecimentos não foram interditados, disse a coordenadora de vigilância sanitária da capital, Francielle Narloch.
Além do vinho adulterado, em um dos estabelecimentos foram encontrados suplementos alimentares que tinham informações falsas nos rótulos.
A respeito do vinho adulterado, todos os comerciantes autuados alegaram desconhecer a falsificação e a adição de etanol na bebida. Os suspeitos assinaram um Termo Circunstanciado. O comerciante que foi autuado em flagrante por vender produto termogênico de venda ilegal no Brasil pagou fiança no valor de três salários mínimos e responderá em liberdade.