O programa paranaense “Comida Boa” recebeu reconhecimento nacional. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, visitou nesta sexta-feira (8) a Ceasa de Curitiba para conhecer a iniciativa que atende famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar. A atividade funciona em parceria com produtores e permissionários atacadistas que trabalham na central de abastecimento, através de doação de frutas, verduras e legumes sem padrão de comercialização, mas em boas condições de consumo e com alto valor nutricional. Paulo Teixeira reforça que o projeto é importante para diminuir o desperdício e aumentar a qualidade de vida da população.

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O Programa Comida Boa foi criado em 2020, durante a pandemia da Covid-19, e está disponível em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. O governador do Paraná, Ratinho Junior destaca que o banco reaproveita seis mil toneladas de alimentos por ano e atende quase 1,5 milhão de pessoas.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD Contínua, oito milhões de pessoas estavam em insegurança alimentar no Brasil em 2023. Pensando em mudar esse cenário, o modelo paranaense de reaproveitamento de alimentos deve ser replicado em outras cidades brasileiras. É o que detalha a presidente do Pacto Contra a Fome, Geyse Diniz.

São beneficiadas pela iniciativa entidades de assistência social, como lar de idosos e hospitais, além de famílias em situação de vulnerabilidade. Já aquelas frutas, verduras e legumes sem condições de consumo humano são distribuídas a institutos que abrigam animais silvestres resgatados do tráfico ou que foram vítimas de maus-tratos. A iniciativa do Paraná também conta com a participação do Deppen (Departamento de Polícia Penal do Paraná). Pessoas privadas de liberdade são contratadas para trabalhar no processamento de alimentos e são capacitadas para atuar como auxiliar de cozinha.

Reportagem: Mirian Villa