O motorista do ônibus da dupla Corando e Aleksandro, que conduzia o veículo no acidente que matou Aleksandro, pode responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Além do artista, outras cinco pessoas da equipe morreram após o estouro de um pneu, no último final de semana, no trajeto entre o Paraná e São Paulo. A Polícia Civil investiga a possibilidade de que o veículo estivesse em alta velocidade, o que pode caracterizar imprudência, imperícia ou negligência. A perícia ainda não concluiu o laudo oficial com a causa do acidente.

O cantor Aleksandro foi sepultado nesta segunda-feira (09), em Londrina, no norte do Paraná. O município declarou luto oficial de três dias. Já Conrado segue em estado grave, em uma Unidade de Terapia Intensiva, no Hospital Regional de Registro, em São Paulo. Ele já passou por duas cirurgias.

Um vídeo gravado por um motorista mostra o ônibus da dupla em alta velocidade, aproximadamente a 130 km/h. No local, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h. Por meio das redes sociais, a assessoria de imprensa da dupla afirma que reconhece o vídeo, mas que não se trata do momento ou do local do acidente. Questionada pela reportagem, a Polícia Rodoviária Federal de São Paulo afirma que o vídeo foi feito a cerca de 50 quilômetros de distância do local do acidente. Além disso, o painel mostra o horário de nove horas e quarenta e sete minutos, mas o tombamento aconteceu aproximadamente às dez e meia da manhã.

Na última sexta-feira (06), Conrado e Aleksandro se apresentaram em Tijucas do Sul, na região metropolitana da capital paranaense. No sábado (07), eles seguiam trajeto para São Pedro, no estado de São Paulo, quando o pneu dianteiro esquerdo estourou e o ônibus tombou em um canteiro, às margens da rodovia Régis Bittencourt. O acidente aconteceu na altura do quilometro 402, próximo ao município de Miracatu. Ao todo 19 pessoas estavam no veículo e, além de Aleksandro, morreram três músicos e dois técnicos.

Reportagem: Larissa Biscaia.