Agentes penitenciários e policiais penais denunciam a falta de equipamentos de proteção individual nas unidades do Paraná. Os profissionais temem a proliferação em massa dos novo coronavírus nas cadeias. O sindicato que representa a categoria afirma que notificou o estado sobre a situação e promete recorrer à Justiça caso não seja apresentada uma solução.

Em nota, o Depen (Departamento Penitenciário) “reconhece a eventual escassez de produtos em algumas unidades”, mas alega que faltam equipamentos no mercado. O órgão afirma que trabalhar para comprar os EPIs, embora não tenha estipulado um prazo para resolver a situação.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Ricardo Miranda, explica que o trabalho da categoria não pode parar. Ele pede urgência para a resolução do problema:

Entre os itens que faltam nas penitenciárias do Paraná estão o álcool em gel, as luvas e as máscaras. Os equipamentos foram enviados às unidades prisionais para conter a disseminação do novo coronavírus, mas não em número suficiente para atender a demanda, conforme o Sindarspen:

Em nota, o Departamento Penitenciário do Paraná informa que “está tomando as devidas precauções para evitar a disseminação do coronavírus no sistema prisional”. Diz, também, que trata do assunto por meio de videoconferências com os coordenadores regionais do órgão, bem como mantém o diálogo aberto com o sindicato que representa os agentes.

Ao explicar as medidas que foram tomadas para evitar o avanço do novo coronavírus, o Depen informou que nenhum funcionário que não faz parte dos quadros do órgão estão autorizados a manter contato com os detentos e diz que foram reforçadas as medidas de higienização dos itens que chegam às unidades. Enquanto durar a pandemia do novo coronavírus, as visitas de familiares estão suspensas em todo o sistema penitenciário.

Reportagem: Angelo Sfair