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Cortes do MEC colocam universidades e institutos federais em risco

O governo federal remanejou 7,2% do orçamento do Ensino Superior para outros gastos

 Cortes do MEC colocam universidades e institutos federais em risco

Foto: reprodução/Google Street View

Com os novos cortes orçamentários anunciados pelo MEC, Instituições Federais de Ensino Superior relatam dificuldades para arcar com custos básicos, como água, energia e segurança. Além dos bloqueios e congelamentos de recursos, os remanejamentos recentes promovidos pelo governo federal retiraram 7,2% do orçamento. Isso significa que universidades e instituto federais de Ensino Superior trabalham, atualmente, com um orçamento 15% menor do que o de 2019 – último ano antes da pandemia. Considerando os efeitos da inflação, isso representa uma queda de 30%.

Na maior universidade pública do estado, a UFPR (Universidade Federal do Paraná), o remanejamento representa algo em torno de 12 milhões de reais a menos no orçamento. O reitor Ricardo Marcelo Fonseca explica que eram recursos já aprovados na lei orçamentária, e por isso as instituições contavam com eles para arcar com os custos:

O corte mais recente aconteceu na última sexta-feira (24), quando o governo federal retirou R$ 600 milhões da educação para financiar produtores rurais, por meio do Proagro, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. Vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca afirma que a sucessão de eventos não deixa esperanças de que esses cortes possam ser revertidos.

Segundo ele, será um desafio para todas as instituições federais:

A Andifes tem mobilizado reitores e parlamentares para denunciar a gravidade do cenário. Os cortes orçamentários têm impactado a gestão do Ensino Superior há vários anos. A associação destaca que, nos últimos 12 anos, o orçamento discricionário reduziu quase 65%, passando de R$ 15 bilhões, em 2015, para R$ 5,5 milhões neste ano. Ou seja, além da preocupação com as despesas obrigatórias, há um impacto nos investimentos em infraestrutura e pesquisas.

Reportagem: Angelo Sfair.

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felipe.costa

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