CPI da JMK ouve responsável pelo pregão de contratação da empresa
A responsável pelo pregão de contratação da JMK, Maria Carmem Carneiro de Melo, foi ouvida na manhã desta terça-feira (13) pelos deputados da CPI que apura a suspeita de fraudes e superfaturamento nos serviços prestados pela empresa ao governo do Paraná.
A pregoeira, que é servidora de carreira do Estado há 39 anos, disse que a Secretaria de Administração tinha pressa no procedimento porque queria evitar contratar uma empresa por dispensa de licitação. Escolhida na concorrência, a JMK é suspeita de ter desviado R$ 125 milhões dos cofres estaduais em um esquema criminoso que teria envolvido falsificação e adulteração de orçamentos de oficinas mecânicas, para elevar o valor do serviço prestado.
A empresa diz que o contrato era de gestão compartilhada, argumenta que o estado não repassava a verba para custear a manutenção, e que a responsabilidade de fiscalização era do governo. A pregoeira ouvida na CPI da JMK disse que tem a função de “conduzir a sessão pública dentro dos limites do edital” e que o pregão “cumpriu a legislação e o edital”.
Quando questionada sobre os recursos apresentados por empresas concorrentes na disputa, Maria Carmem disse que “tudo foi esclarecido e acatado pelo TCE”. A pregoeira também afirmou que o atestado de capacitação apresentado pela JMK, vencedora da disputada, foi submetido a verificação da veracidade, que foi comprovada pelo setor responsável da empresa que emitiu o documento. Os deputados da CPI também ouviram nesta terça-feira (13) duas integrantes da equipe de apoio do pregão presencial da JMK – Marcia Assunpção Cucatto e Derli da Glória Graciano.
A comissão volta a se reunir na manhã desta quarta-feira (14) às 9h, para tomar o depoimento de dois ex-diretores e do atual diretor do Departamento de Transporte Oficial (DETO). Para a próxima terça-feira (20), está marcado o depoimento do ex-secretário estadual da Administração e Previdência Fernando Eugênio Ghignone.
Reportagem: Lenise Klenk