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Mirian Gasparin

Setor de lavanderias é um bom nicho de mercado para ser explorado pelos empreendedores

 Cresce faturamento das lavanderias

Foto: Pixabay

Depois de passar por momentos difíceis, principalmente no primeiro ano da pandemia, que forçou o fechamento das lojas, em função dos diversos lockdown, o setor de lavanderias vem se recuperando e os serviços para alegria dos empresários estão aumentando gradativamente. 

Aliás, o mercado de lavanderia é um bom nicho de negócio para ser explorado. E isso pode ser constatado pelos números do Sindilav, que é o representante oficial das empresas do setor. Só para se ter uma ideia, mais de 20% da população economicamente ativa são considerados clientes em potencial das lavanderias brasileiras, que lavam, em média, mais de 8 mil toneladas diárias de roupas.

Eu conversei com a empresária Birgit Keller Marsili, proprietária da Lavoutique, e ela me contou que a pandemia fez com que os consumidores mudassem a forma de utilizar os serviços de lavanderia. Hoje os consumidores estão buscando mais comodidade e, neste sentido, é fundamental contar com um bom serviço de delivery para facilitar a vida dos clientes. As entregas também passaram a ser mais rápidas, girando hoje em torno de dois dias úteis. Outra característica observada neste período de pandemia é que aumentou a demanda pela lavagem de roupas de cama, em função dos produtos utilizados pelas lavanderias e pela esterilização das peças.

A CEO da Lavoutique, que tem duas lojas em Curitiba, também chama a atenção para outros serviços que estão voltando com grande intensidade. É o caso da lavagem de vestidos de noivas e roupas de festas. Segundo Birgit Marsili, nos primeiros dois anos da pandemia, foram lavados apenas três vestidos de noiva. Hoje são oito por semana. O faturamento da lavanderia também aumentou e está 20% acima do verificado no período pré-pandemia.

A empresária observa que uma boa parte da população não utiliza os serviços de lavanderia por desconhecimento das vantagens que obterá, e não por falta de dinheiro. De acordo com ela, uma roupa lavada em lavanderia, que emprega todas as técnicas determinadas na etiqueta, dura sete vezes mais. Também quando se faz a conta na ponta do lápis, considerando os custos de energia elétrica, água e tempo gasto, o serviço de lavanderia não é caro, pelo menos é o que assegura a dona da Lavoutique, que trabalha com equipamentos de alta tecnologia importados da Itália e Suécia e produtos biodegradáveis.

O setor de lavanderias também tem se preocupado com a sustentabilidade e com o uso racional de água, o próprio Sindilav tem recomendado a seus associados o uso de insumos não poluentes e que não agridam o meio ambiente. Embora os custos de controle ambiental sejam muito altos, o setor vem gradativamente se adequando e hoje possui um bom nível tecnológico de controle de atividades, de forma a se manter ambientalmente correto, atendendo a legislação específica. No caso específico da Lavoutique, a empresa desde que foi criada, tem investido em sustentabilidade com o retorno dos cabides e dos plásticos, além da lavagem a seco em circuito fechado.

Aliás, a Lavoutique foi a primeira lavanderia do Brasil a assinar o Pacto Global de Sustentabilidade da ONU.

Confira abaixo a coluna em áudio:


Mirian Gasparin

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