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Mirian Gasparin

É o patamar mais alto em 12 anos e pode afetar o caixa das empresas

 Cresce o endividamento familiar

Foto: Reprodução

O endividamento das famílias brasileiras atinge o patamar mais alto dos últimos 12 anos. Em abril, 77% das famílias, ou 12 milhões de pessoas estavam endividadas, segundo aponta pesquisa da Confederação Nacional do Comércio. Também a inadimplência está alta. No mês passado, 28% das famílias tinham contas atrasadas. Este cenário acaba acarretando vários problemas para o caixa das empresas. Um deles é a incapacidade de pagar os salários dos funcionários em dia, bem como as responsabilidades fiscais.

Por isso, uma profunda avaliação do score dos clientes é muito importante na hora de fechar uma venda a prazo para evitar riscos ou fraudes em uma negociação. Os bancos e as instituições financeiras, antes de liberar um crédito ou financiamento, fazem uma análise detalhada do score do cliente.

Vale destacar que o score é um histórico do comportamento financeiro de um CPF ou CNPJ, cuja pontuação varia de zero a mil.  Quanto maior a pontuação, melhor é a reputação financeira e o risco de não pagamento é baixo. Eu conversei com alguns especialistas em crédito e pedi a eles que me apontassem algumas dicas para ajudar os empresários a diminuir a inadimplência, bem como os riscos para os seus negócios.

A primeira dica é checar o perfil do cliente não somente para conceder o crédito, mas também de elegibilidade ao público-alvo de maior retorno, tanto para o momento da concessão, quanto para o ciclo de cobrança.

Nesse sentido é fundamental investir na capacitação para que os funcionários identifiquem os riscos envolvidos. Outra opção é customizar seu próprio Score para tomar sempre decisões mais precisas em relação à realidade da companhia.

As empresas devem sempre estar dispostas a fazer acordos para sanar as dívidas dos clientes. Agora, mais do que isso, ao entrar em contato com o cliente devedor deve-se ter muita clareza e jogo de cintura na negociação.

Por fim, é fundamental manter uma régua de cobrança ativa, ou seja, uma ferramenta que vá determinar de que forma a empresa fará essa cobrança e apostar sempre na tecnologia para facilitar o processo de comunicação e pagamento.

Confira o áudio da coluna:

Mirian Gasparin

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