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Mirian Gasparin

Mercado vegano deve faturar US$ 36 bilhões até 2030

 Crescimento no número de veganos atrai novos tipos de negócios

Foto: reprodução/Pixabay

Hoje é o Dia Mundial do Veganismo. Criado na Inglaterra há 58 anos, este movimento vem crescendo e atraindo novos tipos de negócios.

Atentos ao aumento do número de veganos e vegetarianos no país, empresas de diversos setores, como alimentos, têxtil, cosméticos, farmacêutico, entre outros têm se dedicado à fabricação de produtos sem origem animal, atendendo também a pessoas que precisam seguir uma dieta à base de frutas, legumes e verduras ou utilizar produtos sem proteína animal por restrições médicas.

Estudos apontam que o mercado vegano mundial está avaliado em quase US$ 20 bilhões, com uma expectativa de crescimento para mais de US$ 36 bilhões até 2030. No caso do Brasil, um levantamento realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC) mostra que 46% dos brasileiros já deixaram de comer carne por vontade própria pelo menos uma vez por semana. Por sua vez, os últimos dados do Ibope Inteligência, revelam que 14% dos consumidores do Brasil se declaram vegetarianos, o que representa um aumento de 75% em relação ao mesmo censo realizado dez anos atrás.

Na verdade, existe um entendimento de que o uso de animais para fornecer alimentos, vestimentas ou qualquer outra finalidade é desnecessário para a saúde e bem-estar das pessoas. E este é um dos motivos que tem ajudado a defender o potencial econômico desse mercado.

Consumidores conscientes sobre as questões relacionadas à ética e ao meio ambiente e sua mudança de comportamento em massa estão comandando a revolução vegana.  Aliás, a revolução vegana está aí e as principais empresas de alimentos estão embarcando para lucrar.

Por exemplo, as alternativas alimentares vegetais não são só mais um produto de nicho e já se tornaram preferência, com grandes empresas investindo nessa tendência.

Até mesmo as grandes empresas que se restringiam ao mercado animal, como BRF e JBS, estão enxergando oportunidades no mercado de produtos vegetais. A preocupação com a origem dos alimentos encoraja as marcas brasileiras a se reinventarem e inovarem com o objetivo de se manterem relevantes neste novo mercado de consumidores conscientes.

Confira a coluna em áudio:

Mirian Gasparin

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