Curitiba está entre as duas capitais que registraram aumento da inflação em setembro. Segundo o IBGE, o IPCA-15, índice que acompanha a variação de preços quinzenalmente, subiu apenas na capital paranaense e em Belém, no Pará. As outras nove capitais acompanhadas pelo instituto tiveram deflação. Em Curitiba, a alta em setembro foi modesta, de apenas 0,03%. Em Belém, a inflação foi de meio porcento.

Ampliando o recorte para os últimos 12 meses, Curitiba acumula uma inflação de 8,39%. No entanto, no último trimestre, houve deflação de 1,51%. O resultado está diretamente ligado às ações emergenciais tomadas pelo Congresso e pelo Governo Federal, como a fixação do teto do ICMS em 17% para itens como combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

A economista Ingridhe de Morais Magalhães alerta que se trata de uma queda artificial dos preços, o que gera uma espécie de “inflação encomendada” para o ano que vem:

Segundo o IBGE, dos nove setores acompanhados pelo IPCA-15, apenas três registraram preços menores em setembro: comunicação, transportes, e alimentos e bebidas. Setores como vestuário, saúde, artigos para residência e despesas pessoais pesaram no bolso dos curitibanos. Habitação e educação também registraram alta em setembro, segundo o instituto.

Reportagem: Angelo Sfair.