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Curitiba registra maior alta do Brasil no preço dos alimentos, segundo DIEESE

 Curitiba registra maior alta do Brasil no preço dos alimentos, segundo DIEESE

Foto: Eduardo Peret/Agência IBGE Notícias

O preço dos alimentos subiu 4,7% em Curitiba, no mês de outubro. Nos primeiros dez meses do ano, a alta é de 18,4% – o maior aumento acumulado do Brasil para 2021. Nos últimos 12 meses, a alta é ainda maior, de 22,8%. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Para o economista do Dieese Paraná, Sandro Silva, a capital paranaense demorou a ser afetada pelos efeitos da inflação nos alimentos, na comparação com outras cidades.

Em outubro, a cesta básica custou, em média, R$ 639,89, em Curitiba. O valor corresponde a 63% do salário mínimo nacional – de R$ 1.100.

Para o economista, a alta de preços deve continuar a ser observada na capital paranaense no período de final de ano. Ele avalia que o cenário nos próximos meses deve seguir a tendência de aumento nos preços.

Das 17 capitais do Brasil pesquisadas pelo Dieese, 16 anotaram alta no preço dos alimentos. Pandemia, crise hídrica, desvalorização do real em relação ao dólar e preço dos combustíveis são conhecidas causas que têm afetado o preço dos alimentos, neste ano.

Para o professor universitário e economista José Pio Martins, esses 4 fatores foram observados de forma simultânea no Brasil, o que ocasionou a disparada nos preços dos alimentos em todo país.

A crise hídrica tem prejudicado a produção dos alimentos, provocando a alta de frutas e vegetais. O quilo do café e tomate, por exemplo, registrou alta em todas as capitais do país. O preço do açúcar subiu em 15 capitais. Já a alta no preço dos combustíveis, reflete em toda a cadeia produtiva, já que parte substancial da produção nacional é transportada em caminhões, pelas rodovias do país. Outro fator que contribui para a alta dos preços dos alimentos no cenário nacional é a alta do dólar em relação ao real.

Segundo o professor, o dólar mais caro torna mais atrativo ao produtor de alimentos vender a produção para fora do país, do que no mercado interno.

Quando considerado o valor da cesta básica, Curitiba é a 8ª capital do país com o preço mais alto. Florianópolis lidera a lista – por lá a cesta básica sai ao custo de R$ 700,69. A capital catarinense é seguida por São Paulo, onde os alimentos básicos custam R$ 693,79; e por Porto Alegre, onde a cesta custa R$ 691,08.

A cesta básica mais barata do Brasil é de Aracaju. Na capital sergipana a lista de alimentos custou R$ 464,17. (Relatório completo: https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2021/202110cestabasica.pdf).

Reportagem: David Musso

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David Musso

Apresentador | Repórter | Jornalista | Twitter: @drmusso

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