Curitiba registra o primeiro caso importado de sarampo em 21 anos

 Curitiba registra o primeiro caso importado de sarampo em 21 anos

Foto: Jaelson Lucas/ANPr

Foto: Jaelson Lucas/ANPr

Curitiba confirmou nesta terça-feira (20) o primeiro caso de sarampo depois de 21 anos sem registro da doença. O paciente é um homem de 54 anos que está internado e foi infectado fora da capital paranaense, provavelmente em São Paulo. Curitiba não registrava nenhum caso de sarampo importado ou contraído dentro do município desde 1998.

Este é o segundo registro da doença neste ano no Paraná, que também não tinha confirmação de casos de sarampo há duas décadas. O paciente que é morador de Curitiba viajou para Pernambuco a trabalho e ficou em um aeroporto de São Paulo por algum tempo. A suspeita é de que ele tenha sido infectado nessa permanência ou até mesmo dentro do avião.

Segundo a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, ele não tinha registro de ter contraído a doença ou de ter sido vacinado, única medida de prevenção eficaz. Huçulak diz que o paciente está em estado de saúde estável, em isolamento e que teve contato com cerca de 20 pessoas, que agora fazem parte do bloqueio realizado pelas equipes de Saúde.

A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral, tomada em duas doses – aos 12 meses de idade e aos 15 meses. Além do sarampo, ela imuniza contra a rubéola e a caxumba. A tetra viral ainda protege contra a varicela.

Embora esteja na rotina de vacinação de crianças, a secretária da Saúde recomenda que qualquer pessoa, inclusive adultos, se vacine.

A médica infectologista Marion Burger, da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, diz que o público adulto é o que mais preocupa neste momento.

Segundo ela, isso ocorre porque o paciente pode ter uma condição de saúde mais debilitada por outros motivos e ainda nunca ter sido vacinado ou tido contato com o vírus, o que poderia acontecer se tivesse contraído o sarampo na infância.

Os sintomas mais comuns do sarampo nos três primeiros dias são febre de mais de 38 graus, conjuntivite, coriza e tosse. Depois, surgem as manchas no corpo. A médica Marion Burger diz que a doença pode se agravar e há risco inclusive de provocar morte.

Os últimos surtos de sarampo registrados em Curitiba foram em 1997, com cerca de 200 casos, e em 1998, quando 500 pessoas tiveram a doença e uma morreu. Em 2018, a região amazônica registrou um surto e neste ano, São Paulo. O Paraná também não tinha qualquer caso de sarampo há duas décadas.

No começo deste mês, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou o primeiro registro, também importado. A vítima foi uma mulher de 41 anos, moradora de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Ela esteve em São Paulo em julho, onde possivelmente contraiu a doença.

Reportagem: Lenise Klenk

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