Curitiba tem 54% dos homicídios esclarecidos em 2019, mas alguns casos completam anos sem solução

 Curitiba tem 54% dos homicídios esclarecidos em 2019, mas alguns casos completam anos sem solução

(Foto: divulgação/Polícia Civil)

(Foto: divulgação/Polícia Civil)

Quase metade dos homicídios registrados em Curitiba entre janeiro e maio deste ano não foram solucionados pela Polícia Civil do Paraná. Dos 97 casos que aconteceram na capital nos primeiros cinco meses do ano, 46% não foram explicados pela corporação. Desta forma, quase metade dos crimes contra a vida cometidos em Curitiba não resultaram em punição aos responsáveis. Dos 53 assassinatos com autoria identificada, em 51 casos os suspeitos aguardam pelo julgamento presos.

A chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Camila Cecconello, pondera que os números registrados em 2019 são melhores do que os do ano passado. Em 2018, de janeiro e maio, 61% dos crimes contra a vida ficaram sem solução. A delegada atribuiu a melhora no índice ao empenho dos agentes e à atenção especial dada aos casos relacionados ao tráfico de drogas.

A delegada argumenta que as informações sobre o local e o tipo de arma ajudam a Polícia Civil a concluir os inquéritos com sucesso. Sete em cada 10 assassinatos registrados em Curitiba nos primeiros cinco meses do ano estão relacionados ao tráfico. Sabendo disso, a polícia alega que intensificou os trabalhos nos bairros onde há mais problemas com drogas.

A Polícia Civil destacou casos que foram solucionados rapidamente pela DHPP, como o assassinato que vitimou o engenheiro Roberto Tiepolo Júnior, de 42 anos. A vítima foi morta a facadas no Alto da XV, após uma confusão em um bar da Rua Itupava. Outro caso de repercussão foi o do cabeleireiro Marcos Cesar Milleo, de 61 anos, encontrado morto dentro do próprio apartamento, na região do bairro Água Verde.

No entanto, a Polícia Civil não demonstrou a mesma eficiência nos casos em que os suspeitos são policiais militares. A morte de Andrei Francisquini, de 35 anos, que aconteceu em maio, na Praça da Espanha, ainda não foi esclarecida. Três militares participaram da ação que terminou com o assassinato da vítima. Imagens de câmeras de segurança revelaram que os suspeitos mentiram em depoimento.

Reportagem: Angelo Sfair

(Foto: divulgação/Polícia Civil)
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