Curitibana cria projeto internacional que substitui testes com animais por pele 3D
Uma curitibana é destaque em uma pesquisa pioneira no desenvolvimento de pele humana a partir da tecnologia de impressão 3D. Carolina Motter Catarino, de 28 anos, é doutoranda em um instituto norte-americano de pesquisa e estuda a criação da pele que poderá ser usada, por exemplo, em testes de cosméticos feitos em laboratórios, substituindo o uso de animais.
Segundo ela, a pesquisa envolvendo a pele artificial começou em 2015 e deve ser concluída no ano que vem.
A curitibana cursou Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia na Universidade Federal do Paraná. Fez intercâmbio na França e estagiou na L’Oréal Paris. Foi lá que nasceu a ideia de criar a pele artificial para acabar de vez com os testes feitos em animais.
De volta ao Brasil, ela decidiu prosseguir com os estudos e fez um mestrado na USP. A impressora 3D utiliza tintas biológicas, que são formadas por biomateriais e células humanas, provenientes de peles humanas doadas.
No ano passado, o projeto de Carolina venceu o Prêmio Jovem Pesquisador, concedido por uma empresa estrangeira fabricante de cosméticos artesanais.
O equipamento é capaz de imprimir a pele artificial, que tem a estrutura mais complexa em relação a composição daquelas já criadas em laboratórios.