Em Curitiba, o trabalhador que recebe o salário mínimo precisa trabalhar por treze dias para comprar uma cesta básica. É isso que aponta o relatório mensal do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, com alta de 0,20% no grupo de alimentos no mês de setembro, com custo total de R$ 698,44. O valor é equivalente a 53% de um salário mínimo ou 108 horas e 49 minutos trabalhados…

O economista do Dieese, Rafael Durlo, aponta que a alta é puxada pelas condições climáticas.

A ausência de umidade no ar e as queimadas impactaram o volume de grãos de café, por exemplo, o que causou alta no pó de café no varejo. Já o excesso de calor elevou o valor do óleo de soja.

O valor do conjunto de alimentos aumentou em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. São Paulo tem a cesta básica mais cara do país, no valor de R$ 792,47, equivalente a 60% de um salário mínimo. As outras duas capitais com os maiores valores são Florianópolis, com R$ 768,33, e Rio de Janeiro, com R$ 757,30. Entre as capitais pesquisadas, o menor valor está em Aracaju, com R$ 506,19.

Reportagem: Larissa Biscaia