Com 57.880 votos, o ex-vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) foi eleito deputado estadual pelo Paraná. Em meio a discussões sobre a ilegibilidade, Freitas teve a candidatura deferida somente no sábado (1º), um dia antes da eleição. A Justiça Eleitoral autorizou a continuidade da campanha uma semana depois do ministro Luis Roberto Barroso, do STF, restabelecer o mandato do petista como vereador e anular a resolução que decretou a cassação na Câmara de Curitiba, em agosto.

Freitas perdeu o mandato como vereador após um procedimento administrativo que o acusava de quebra de decoro. Ele respondeu sob a alegação de invadir a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em fevereiro, durante uma manifestação antirracista. O processo foi marcado por idas e vindas. Em 5 de julho, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) suspendeu a sessão da Câmara que cassou, em um primeiro momento, o mandato do vereador. Porém, um mês depois, em 5 de agosto, com 23 votos favoráveis, Renato Freitas perdeu o mandato na Câmara de Curitiba. A defesa do político recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), e em 23 de setembro o ministro Barroso determinou o a anulação do processo. A Câmara de Curitiba alega que ainda não foi notificada da decisão, porém, adiantou que vai recorrer.

Além de Freitas, quatro vereadores de Curitiba foram eleitos deputados estaduais: Ana Júlia Ribeiro (PT); Denian Couto (Pode) e Flávia Francischini (União). Já a vereadora Carol Dartora (PT) foi eleita deputada federal.

Reportagem: Leonardo Gomes.

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