Deputados adiam votação de relatório final da CPI da JMK
Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura possíveis irregularidades no contrato do governo estadual com a empresa JMK para a manutenção da frota de veículos, adiaram para a semana que vem (16) o relatório final da investigação. O relatório com 230 páginas foi finalizado na semana passada e aponta doze recomendações para que o Governo reavalie a proposta o atual contrato da frota.
O relatório foi apresentado após 24 reuniões da Comissão, 46 oitivas, 33 quebras de sigilos aprovadas e a expedição de 202 ofícios, solicitando diligências e informações a órgãos públicos e empresas privadas. O relator ainda pediu o indiciamento de 19 pessoas – 14 ligadas à JMK e cinco agentes públicos – por crimes contra a Lei de Licitações e atos de improbidade administrativa. O texto do relatório deve ser analisado em plenário, por todos os deputados, somente no ano que vem.
Depois disso, será encaminhado ao Ministério Público. A CPI da JMK foi instalada no último mês de junho, por proposição do deputado Soldado Fruet, para apurar irregularidades na licitação e execução do contrato para gestão da manutenção da frota do Estado entre janeiro de 2015 e maio de 2019. Também com este intuito, na última quinta-feira (5) o presidente da CPI protocolou no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) um pedido de suspensão da nova licitação para gerenciamento da frota estadual.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, foram desviados mais de R$ 125 milhões dos cofres públicos, por meio de fraudes em orçamentos e superfaturamento em ordens de serviço emitidas pela JMK. Todos as pessoas que foram presas – entre elas os donos da empresa, respondem ao processo em liberdade. A JMK nega as acusações feitas pela polícia.
Foto: Ricardo Pereira/ Thaissa Martiniuk