Desempenho ruim de estudantes na Prova Paraná abre discussão sobre ensino da matemática nas escolas
O fraco desempenho que os estudantes da rede pública do Paraná tiveram em matemática na Prova Paraná levanta questões sobre o desempenho da matemática nas escolas. Segundo a avaliação, os alunos do 1º ano do ensino médio tiveram o pior resultado em matemática, com uma média de acertos de 28,5%, ou seja, nem um terço das questões.
Com esse resultado tão ruim ficam algumas perguntas: será que a matemática é um ponto fraco do brasileiro desde o começo da escola? E existe uma dificuldade maior em assimilar o conteúdo de matemática? Ou o que acontece é que o brasileiro não gosta dessa disciplina? O assessor dos anos finais de matemática do Colégio Positivo e professor há mais de 30 anos, Dirceu Fedalto, considera que há um pouco de lenda nessas questões.
Para ele, são vários os fatores que fazem com que o brasileiro não vá bem em matemática. Um deles é ir mal já no ensino fundamental. Isso desencadeia um problema em todo o processo educacional. Para o professor, o desafio é fazer com que o aluno entenda a estrutura lógica da matemática.
A Prova Paraná foi feita com mais de533 mil alunos de escolas municipais e estaduais. A prova tinha 40 questões, sendo 20 de matemática e 20 de língua portuguesa. O exame foi criado neste ano para avaliar o desempenho dos estudantes e identificar os conteúdos que precisam de reforço. Para o professor Dirceu Fedalto, aprender matemática é importante não só para a escola mas para o convívio do dia-a-dia em sociedade. É importante que o aluno entenda a matemática que rege o mundo.
E que tipo de saída a gente pode ter? Para o professor Dirceu Fedalto, o educador precisa estar preparado para ouvir o aluno. Ele considera que o êxito do aluno é também o êxito do professor.
De acordo com a secretaria de Educação, o resultado é preocupante porque mostra a falta de habilidades essenciais. Segundo a secretaria, o Estado já começou a implantar algumas medidas para reverter o quadro, como por exemplo, revisão do material didático e também da formação dos professores.
Reportagem: Felipe Harmata