A entidade que representa as transportadoras de cargas no Paraná afirma que os bloqueios em rodovias no litoral causaram mais de 40 milhões de reais de prejuízo apenas entre segunda e terça-feira desta semana.

A região sofre com chuvas acima da média que levaram a diversas situações de deslizamentos de terra e quedas de barreira.

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No início da semana, o litoral do Paraná chegou a ficar completamente inacessível devido a bloqueios nas BRs 277 e 376, além da Estrada da Graciosa. As interdições afetaram a chegada de caminhões ao Porto de Paranaguá, o terceiro maior terminal de contêineres do Brasil.

Quase uma semana após os deslizamentos, a estimativa atual é de um prejuízo diário de 60 milhões de reais. O diretor executivo da Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná), coronel Neto, afirma que isso se deve aos desvios imensos aos quais os caminhoneiros precisam se submeter para chegar ao destino final:

Na quarta-feira (30), a BR-277 foi liberada parcialmente pela Polícia Rodoviária Federal após a realização de obras emergenciais feitas pelo Departamento de Estradas de Rodagem. No entanto, o trecho ainda inspira cuidados, sobretudo entre os quilômetros 39 e 42, nos quais foram registrados pelo menos três deslizamentos de terra.

Para acessar o litoral de Santa Catarina, partindo de Curitiba, a situação é mais complicada. A BR-376 segue completamente interditada e sem previsão de liberação até a semana que vem na altura do quilômetro 669.

Segundo a Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pela BR-376, no trecho entre Paraná e Santa Catarina, a rota alternativa tem um trajeto de 517 quilômetros, com tempo de viagem estimado em cerca de oito horas. Não fossem os bloqueios na BR-376 e BR-101, o trajeto original seria de 190 quilômetros (cerca de duas horas e meia de viagem).

Reportagem: Angelo Sfair