Dezesseis ciclistas morreram no trânsito de Curitiba, no ano passado
Dezesseis ciclistas morreram no trânsito de Curitiba, no ano passado. Os dados são da Secretaria Municipal de Trânsito – a Setran. De acordo com o levantamento, em 2012 – ano em que a Prefeitura Municipal começou a monitorar os óbitos de ciclistas no trânsito – treze mortes foram registradas. O ano de 2013 teve uma morte a mais, somando 14 óbitos. Em 2014, o número diminuiu: onze ciclistas haviam morrido no trânsito da capital paranaense. No entanto, no ano seguinte, 2015, o aumento foi considerável, passando de onze para dezenove. Em tese, o número registrado em 2016, apresenta uma redução. Porém, de acordo com o coordenador de Mobilidade Urbana da Setran (Secretaria Municipal de Trânsito), Gustavo Garrett, os números ainda preocupam.
Segundo Garret, o risco aumenta ainda mais nas canaletas de BRT.
A representante da URBS, Rosângela Battistella, destacou que o Brasil não tem um manual cicloviário. Para a URBS, esta seria a principal ferramenta para padronizar e regulamentar questões referentes às bicicletas. De acordo com Rosângela Battistella, no caso das canaletas, o risco para o ciclista é muito maior, já que a frenagem do ônibus é lenta.
O projeto Bicicleta Pública – que vai disponibilizar bikes com equipamentos de segurança à população curitibana, está em andamento. O objetivo é preservar a vida dos ciclistas. A proposta vai ser analisada pelo IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) que pretende adicionar mais pontos – fora da região de Curitiba, como explica o advogado da URBS, Pedro Rommanel.
Além das bicicletas públicas, outros dois projetos estão sendo analisados. A Avenida Manoel Ribas deve ganhar uma ciclofaixa. Já a ciclovia que inicia no São Lourenço e vai até a Linha Verde-Pinheirinho vai ser iluminada para maior segurança dos ciclistas.