Dia comemorativo traz desafio para adoção de crianças mais velhas
O Brasil lembra hoje o Dia Nacional da Adoção, mas sem grandes motivos para comemorar. Ainda é difícil conscientizar quem adota a escolher crianças mais velhas. Na 2ª Vara da Infância e da Juventude e Adoção de Curitiba, por exemplo, dos atuais 361 processos de casais habilitados para adoção, apenas 52 aceitam crianças com mais de 5 anos de idade. E são justamente elas, a maioria dos meninos e meninas sem um lar. Atualmente, em Curitiba, 304 crianças e adolescentes estão aptos para adoção. E dessas, 214 possuem mais de 5 anos de idade. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, o Paraná é o segundo estado do Brasil com o maior número de casais que começaram a fazer o processo para adoção. São 2 mil casais. É o caso da advogada Gisele Biguette. Ela está em meio ao curso para a adoção.
São 6 cursos obrigatórios, feitos em uma semana, e 2 encontros em ONGs. Ela também está entre os que preferem crianças mais novas.
Após a conclusão do curso, o casal precisa encaminhar o pedido para a Vara da Infância. E após a sentença do juiz, os pais entram na fila da adoção. A demora na fila depende do perfil da criança. Quando mais nova, mais tempo para concluir o processo. No Paraná, são 2.943 crianças e adolescentes que esperam pela adoção em 131 abrigos.