Dia da Enfermagem: profissão é marcada por histórias emocionantes
Três profissionais contam como a relação com pacientes e com o trabalho mudou suas vidas
Aplausos e demonstrações de apoio às equipes de saúde se tornaram muito comuns durante a pandemia, mas durante o dia a dia da profissão o trabalho da enfermagem é árduo, cansativo e exige concentração e dedicação extremas. Esse esforço é recompensado com uma conexão profunda com pacientes e familiares e o reconhecimento de quem passou pelo cuidado destes profissionais. Enfermeiras, enfermeiros, técnicas e técnicos e auxiliares de enfermagem colecionam histórias emocionantes durante a sua trajetória.
Wladyslawa Provessi é auxiliar de enfermagem do Hospital Pequeno Príncipe e começou na profissão em 1968, sempre na área pediátrica. Ela conta que naquela época as profissionais eram responsáveis por todo o cuidado com as crianças, já que os pais não podiam ficar no hospital e que a estrutura era completamente diferente. Mas com o avanço tecnológico as equipes agora têm mais tempo para atender a outra questão muito importante, a parte emocional e o contato com a família.
E é nesse contato próximo, que para muitos deles começa o interesse na profissão. Foi assim com a enfermeira Tatiane dos Santos, que atua na área de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas. Quando ela era criança ele teve câncer e precisou de tratamento. Ali ela se interessou em atuar na área. No começo da carreira ela teve um momento difícil, em que um menino não queria cortar o cabelo durante o tratamento. Foi então que ela compartilhou com ele a sua própria experiência.
No caso da enfermeira Karolina Baldão, que também trabalha no Pequeno Príncipe, a admiração pela enfermagem começou dentro de casa. Quando era criança, a mãe dela estudava para se formar nessa carreira e desde então ela já sabia que era esse caminho que queria seguir.
O 12 de maio foi escolhido para comemorar mundialmente o Dia da Enfermagem em homenagem a Florence Nightingale. Ela é considerada a mãe da Enfermagem moderna, depois de ter atuado com uma equipe de voluntárias na Guerra da Criméia em meados do século 19. Ao voltar à Londres, defendeu que o número elevado de mortes estava ligado às péssimas condições de vida nos hospitais que atendiam os soldados feridos.
Reportagem: Amanda Yargas.