Este sábado (21) marca o Dia da Luta da Pessoa com Deficiência. A busca é constante e passa por desafios em diferentes áreas, como acessibilidade, colocação profissional e acesso à educação. Em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 15% da população possui algum tipo de deficiência.

No Brasil, 26% das pessoas com deficiência tem uma ocupação profissional, enquanto o número sobe para 60% na população total, conforme dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2022.

Na avaliação da professora de Gestão de Recursos Humanos Cyntia Santos, a realidade tem ligação direta com o capacistimo presente na sociedade brasileira.

O cenário existe mesmo com legislações que exigem a presença de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. O professor doutor em administração Fabio Vizeu ressalta que muitas vezes a lei é cumprida apenas por obrigação, sem garantir oportunidades concretas de crescimento a estes profissionais.

O capacitismo também tem ligação direta com o acesso à educação. A falta de conhecimento, na avaliação de especialistas, leva muitas vezes à falta de preparo em escolas.

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54% dos jovens com deficiência estão matriculados no ensino médio, enquanto entre os adolescentes sem deficiência o índice é de 70%.

Os desafios passam por ações de governo, busca por conhecimento e pela ação individual de cada pessoa. Para a professora, a população deve fazer uma escuta ativa para dar fim ao capacitismo.

Já Vizeu também alerta para a necessidade de políticas públicas eficientes.

O Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê leis contra a discriminação, para garantir a acessibilidade e direitos prioritários.