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Dia do Advogado: o dia-a-dia e as curiosidades da profissão

Foto: Divulgação
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Você sabe por que até hoje o advogado leva o título de Doutor, mesmo sem ter feito um doutorado? Uma das explicações está na lei – em 1827, o título de Doutor teria sido assegurado aos bacharéis de Direito por um decreto de Dom Pedro I, ao criar os primeiros cursos de ciências Jurídicas no Brasil. O advogado Marcelo Marcengo explica que Doutor em latim significa professor e hoje a palavra é utilizada pela cultura e tradição que se criou.

Outras curiosidades como esta e o dia-a-dia da profissão o ouvinte acompanha a partir de hoje em uma série especial de reportagens em homenagem ao Dia do Advogado, comemorado no próximo dia 11 de agosto.

Os roteiristas de cinema adoram contar histórias do ponto de vista do mundo jurídico. O trabalho dos advogados serve de pano de fundo em vários filmes produzidos em Hollywood. Diversos aspectos da profissão entram em cena, desde a atuação nos tribunais até os limites que separam o advogado do cliente. Especialistas ouvidos pela BandNews dão dicas de filmes obrigatórios para advogados e estudantes de Direito. A advogada Fernanda Andreazza dá uma dica fora dos roteiros tradicionais. A indicação é para o filme Etíope “Difret” que em português significa Coragem. O longa fala da trajetória de uma advogada que abriu uma rede de representação jurídica gratuita para mulheres.

Outro clássico do cinema que não pode faltar na lista dos advogados é “O Sol é para todos”. Neste filme um renomado criminalista defende um negro acusado de ter estuprado uma branca.

Os especialistas ainda recomendam “12 homens e uma sentença”, “Um sonho de liberdade” e “Advogado do Diabo”.

O Direito, como qualquer outra profissão, tem personalidades que fizeram história e que são lembradas até hoje. No dia 11 de agosto, quando se comemora o Dia do Advogado e a inauguração dos primeiros cursos jurídicos no país, é importante citar nomes como Ruy Barbosa, Clóvis Beviláqua e Pontes de Miranda.

O julgamento do mensalão, esquema de compra de votos de parlamentares, é considerado o mais longo da história do Supremo Tribunal Federal. Foram pelo menos quatro meses e meio e 53 sessões extraordinárias. O caso teve 234 volumes e mais de 50 mil folhas foram analisadas pelos ministros.

Outro julgamento de grande repercussão e que durou semanas ocorreu em Curitiba no ano de 1998. Foram 34 dias de embates entre o Ministério Público e os advogados de defesa. No banco dos réus estavam beatriz e Celina Abagge, que ficaram conhecidas no Brasil inteiro como “As Bruxas de Guaratuba”. Elas foram acusadas de matar o menino Evandro Ramos Caetano, de seis anos, em um ritual de magia negra.

Toda atividade profissional possui uma linguagem própria. O uso de palavras e expressões particulares de cada área auxilia a comunicação entre profissionais do mesmo ramo. Na advocacia não é diferente. O problema é que muitas palavras empregadas pelos advogados no dia-a-dia da profissão fogem do conhecimento da população que não está habituada a jargões ou a expressões que vem do latim.

Conhecer todas as palavras do linguajar jurídico é um desafio até mesmo para os profissionais que atuam no segmento. Mas para os interessados, a Bandnews dá uma mãozinha.

O Brasil tem mais faculdades de Direito do que todos os países no mundo, juntos. Em 10 anos o número de instituições que têm cursos para formação de advogados aumentou em seis vezes. Em 1995, o país tinha apenas 165 faculdades de Direito, atualmente, são 1.300 universidades atuando na área.

Outro número que impressiona é o número de profissionais no mercado. Atualmente, existem 940 mil advogados no país e mais de um milhão e quinhentos mil bacharéis, que aguardam uma aprovação no exame da ordem.

A cada ano pelo menos 80 mil novos bacharéis em Direito se formam no Brasil. E com tantos advogados entrando no mercado de que forma o jovem profissional pode se preparar para enfrentar a competição? O presidente da OAB Paraná, José Augusto de Noronha, diz que hoje os escritórios querem advogados proativos e inovadores, que saibam administrar negócios e tenham uma boa rede de relacionamentos.

O ano de 2016 tem sido de mudanças e adaptações para o meio jurídico. Este ano, os profissionais vêm enfrentando desafios em relação à prática profissional, ao relacionamento com os clientes e à atuação na resolução de conflitos. Com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, em março deste ano, e da Lei de Mediação, os advogados podem oferecer novas formas de resolução de conflitos que sejam mais efetivas que contribuam para o protagonismo do advogado, e não do Judiciário. Quem explica essa mudança é o presidente da Associação Paranaense de Advogados do Setor Público, José Lagana.

São muitos os ramos do Direito em que um advogado pode atuar e se especializar ao longo da carreira. Atualmente, o número de setores, antes vistos apenas como alternativas, vêm crescendo e atraindo os profissionais. Entre as novas e promissoras áreas do Direito estão a Imobiliária, a do Agronegócio, a da Energia e a Societária. No entanto, o coordenador da Pós-Graduação em Direito da Universidade Positivo, Fernando Mânica, dá destaque para o Direito Digital e do Terceiro Setor.

Ele diz ainda que até em áreas tradicionais é possível se especializar. Por exemplo com a chegada do Novo Código de Processo Civil, em vigor desde março deste ano, e a nova legislação da delação premiada, os profissionais da área cível e criminal também puderam se reestruturar.

 

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