O Paraná tem registrado um alto índice de animais marinhos encalhados no litoral, conforme aponta um monitoramento realizado pelo Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM/UFPR). Segundo a pesquisadora do CEM, Camila Domit, muitos animais são encontrados com lixos enroscados no corpo.

Mais de 90% das mortes de tartarugas, por exemplo, estão relacionadas com a atividade humana, seja de maneira direta ou indireta. Durante este Dia Mundial dos Oceanos, comemorado nesta segunda-feira, 8 de junho, a pesquisadora deixou um alerta para que a população entenda a responsabilidade que a sociedade tem em relação ao cuidado com o oceano.

Para ela, é importante que as pessoas cuidem do lixo; do esgoto; e do consumo de alimentos orgânicos, por exemplo.

Segundo o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos, Maurício Salles, a pandemia do coronavírus foi boa para os oceanos, porque a poluição deles está ligada com as atividades humanas e como elas diminuíram, os oceanos sentiram a diferença.

Porém, o professor comentou que como consequência da pandemia, outros lixos, como os materiais hospitalares, chegaram nos oceanos.

Apesar disso, para o especialista, a sustentabilidade pode ganhar mais força após a pandemia. A melhor maneira de ajudar o meio ambiente é entender como explorar o oceano de uma maneira consciente. Maurício sugere que as embarcações sejam movidas por células de combustível à base de hidrogênio no lugar do diesel, por exemplo.

Para ajudar a entender a poluição, o especialista acredita que é importante ter um sistema de dados amplo.

Reportagem: Fernanda Scholze