Dia Nacional de Combate ao Colesterol alerta para a manutenção da saúde do coração mesmo na pandemia
No próximo sábado (08) é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data é lembrada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia em uma campanha virtual nas redes sociais digitais com o tema “Mitos e Verdades sobre o Colesterol”, que busca desmistificar as contradições sobre o assunto e esclarecer dúvidas.
E o tema ganha mais ainda força durante a pandemia. Isso porque o nível elevado de gordura saturada no sangue pode levar a comorbidades que agravariam as condições de pacientes com Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde aponta as doenças cardiovasculares como a principal causa de morte no mundo. No Paraná, somente em 2019, foram registrados pouco mais de 22 mil óbitos pela doença, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Em pequenas quantidades, o colesterol é um tipo de gordura saudável e necessária ao organismo. Entretanto, em níveis altos no sangue e sob determinadas condições como diabetes, hipertensão, obesidade e fumo, o excesso de colesterol pode ser perigoso e se depositar na parede das artérias, causando a aterosclerose.
Quando não controlado, isso pode levar a complicações como o infarto do miocárdio e o AVC. A médica endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional PR, Maria Augusta Zella, explica que os tipos de colesterol mais conhecidos são o HDL (chamado de colesterol “bom”) e o LDL (o colesterol “ruim”). Os níveis do HDL devem estar altos e, os do LDL, baixos.
O grande problema é que o paciente que tem colesterol alto geralmente não apresenta sintomas. No entanto, quando os níveis são bastante elevados, é possível observar alguns sinais como a formação de um arco em volta da córnea, depósitos amarelados de gordura ao redor dos olhos e lesões de gordura nos joelhos, pés, mãos e tendões. Quando a aterosclerose está avançada, o paciente pode ter dor no peito ou infarto.
Por isso é tão importante realizar exames periódicos, controlar a alimentação – evitando a ingestão de gordura saturada que vem principalmente da carne vermelha e das frituras e de gorduras trans, presentes em bolachas recheadas e sorvetes.
Todos esses cuidados e, inclusive, a continuidade do tratamento para aqueles pacientes que já tem o colesterol alto, devem seguir mesmo durante a pandemia.
Ainda de acordo com a médica, o índice elevado de gordura saturada no sangue pode levar a comorbidades, como a aterosclerose, que podem trazer complicações no caso da infecção pelo coronavírus. Uma dieta rica em Ômega 3 (presente em peixes como salmão e a sardinha e na semente de linhaça) associada a atividade física regular auxilia no aumento do colesterol bom.
Reportagem: Juliana Goss