Dilma Roussef deve ser ouvida em nova data como testemunha de defesa de Bendine
A ex-presidente Dilma Roussef deve ser ouvida em nova data e local como testemunha de defesa do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Em despacho, o juiz Sérgio Moro determinou que o depoimento deve ser prestado no dia 27, às 11 da manhã, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O magistrado pediu a intimação com urgência da ex-presidente a pedido da defesa de Bendine, que informou que Dilma estaria morando temporariamente na cidade por conta da internação hospitalar da mãe dela.
A nova data e local só serão efetivados depois da confirmação da intimação da testemunha. Caso contrário, fica mantida a audiência para o dia 25 por videoconferência de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Bendine é acusado de receber três parcelas de um milhão de reais cada em espécie em propina da Odebrecht para facilitar a participação da empreiteira em contratos com a Petrobras.
Os pagamentos teriam sido feitos em espécie entre os meses de junho e julho de 2015. Bendine assumiu a estatal no mesmo ano. Ele foi nomeado pela então presidente Dilma Roussef justamente com a missão de acabar com a corrupção na estatal. O ex-presidente da Petrobras foi o principal alvo da quadragésima segunda fase da lava jato, batizada de Cobra, deflagrada em julho deste ano. Cobra seria o codinome de Bendine nas planilhas de propinas pagas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht.
A partir desta sexta-feira (20), Moro começa a ouvir as testemunhas de defesa de Bendine e dos outros cinco réus desta ação penal.
Repórter: Juliana Goss