Diretor de colégio público em Piraquara decide comprar detector de metais por conta própria e utilizar na unidade

 Diretor de colégio público em Piraquara decide comprar detector de metais por conta própria e utilizar na unidade

(Foto: reprodução/Google Street View)

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A atitude de um diretor de escola pública da região de Curitiba tem gerado muita polêmica. Ele decidiu, por conta própria, adquirir um detector de metais na intenção de vistoriar os alunos do Colégio Estadual Vila Macedo, que fica em Piraquara na periferia da capital.

A ideia surgiu depois que o diretor encontrou nas mochilas de alguns estudantes, armas como canivetes, facas e estiletes. A Secretaria Estadual de Educação e do Esporte se posiciona contra a medida e destaca que a segurança das escolas é responsabilidade da Polícia Militar e da Patrulha Escolar.

O diretor, Gilmar Cordeiro, conta que pagou cerca de R$ 400 no equipamento. Ele ressalta que ainda não utilizou o aparelho e que está, neste momento, consultando pais e alunos a respeito.

Gilmar relata que a medida é uma atitude extrema, reflexo do desespero diante de tamanha violência que é vivenciada no dia a dia do ambiente escolar. Ele, que conhece bem a realidade local – é diretor do mesmo colégio há 14 anos – diz que tem o propósito de inibir o uso de armas na instituição.

A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte não recomenda a utilização de equipamentos para detecção de metais, entendendo que a responsabilidade pela segurança das escolas compete à Polícia Militar e ao Batalhão da Patrulha Escolar.

No entanto, segundo o diretor, a realidade do colégio de periferia é permeada pela cultura da violência. Para ele é necessário o reforço do policiamento.

Segundo o diretor, o colégio conta com o trabalho de um patrulheiro escolar, do projeto Escola Segura, mas a ação é limitada. Ele explica que o detector de metais só será usado a partir de denúncias.

A decisão divide opiniões. O doutor em Educação, Luciano Blasius, aponta que a medida não irá resolver um problema que é crônico e que depende de uma série de ações envolvendo a comunidade, os pais e responsáveis pelos estudantes e o poder público.

O doutor em Educação ressalta ainda que a utilização de um equipamento de segurança na escola esbarra ainda na legalidade da medida.

A Secretaria de Estado de Educação e do Esporte destaca ainda por meio de nota encaminhada a BandNews FM que, no âmbito do Programa Escola Segura, que contempla o Colégio Estadual Vila Macedo, não há previsão de uso de detector de metal. 

Reportagem: Juliana Goss

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