Distanciamento social  é considerada a medida mais eficaz de combate ao coronavírus. É o que reforça um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O professor do departamento de física da UFPR, Marcus Beim explica sobre as duas metodologias utilizadas para a pesquisa.

A pesquisa foi publicada em duas revistas científicas internacionais, e o modelo matemático de contágio foi comparado em nove países:  além do Brasil Alemanha, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália e Japão também fizeram parte do estudo.

Os cálculos apontam que, com o afrouxamento das medidas no Brasil, o índice de transmissão do coronavírus no país entre março e agosto variou entre 1,5 e 2, o que significa que a cada 10 pessoas infectadas, o vírus contamina de 15 a 20 outras pessoas. Para o professor, a pesquisa é clara ao apontar que se as medidas tivessem sido levadas mais a sério pela população , os números seriam bem menores e o contágio estaria controlado no Brasil.

No estudo, os pesquisadores analisaram primeiro os dados reais de contágio e como o número de casos evoluiu nos países. Na segunda parte, os pesquisadores empregaram um modelo matemático com parâmetros ajustados aos dados reais para traçar cenários. Com base nesses modelos, o professor acredita que a testagem em massa, se pelo menos 15% das pessoas sem sintomas tivessem feito o teste, haveria considerável redução no número de infectados.

Os estudos foram conduzidos por pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e da Universidade Estadual do Amazonas (UEM).

Reportagem: Taís Santana