Doceira acusada de tentar matar adolescentes com brigadeiros envenenados vai à júri na próxima semana

 Doceira acusada de tentar matar adolescentes com brigadeiros envenenados vai à júri na próxima semana

(Foto: Divulgação / SESP)

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A doceira Margareth Aparecida Marcondes vai a júri popular na tarde da próxima segunda-feira, dia 7 de agosto. Ela já foi condenada e chegou a cumprir pena em regime fechado por tentativa de homicídio contra o ex-companheiro e é acusada de tentar matar outras quatro pessoas em 2012.

Segundo o Ministério Público, a mulher enviou uma caixa de brigadeiros envenenados para a adolescente Thalyta Machado Teminski, na época com 14 anos. A garota, moradora de Curitiba, ficou internada por oito dias e sofreu duas paradas cardíacas e, além dela, três amigos com idades entre 13 e 17 anos que também provaram os doces tiveram problemas de saúde.

O advogado de Margareth, Luiz Cláudio Falarz, acredita que a cliente vai ser declarada totalmente inocente.

As quatro supostas vítimas da doceira sobreviveram. A denúncia do MP por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe praticado quatro vezes foi oferecida em abril de 2012 e a mulher chegou a admitir o crime à polícia catarinense ao ser presa por quase matar o ex-companheiro em Joinville, ainda em 2012. Na época, os dois residiam na cidade catarinense. Margareth agrediu o homem na cabeça com um rolo de macarrão para evitar que o envenenamento viesse à tona.

O advogado esclarece, no entanto, que a declaração de Margareth não foi válida, que ela estava sob muita pressão dos acontecimentos e que ela sequer se lembra de ter feito qualquer confissão.

O crime contra as adolescentes teria sido praticado, conforme a acusação, porque a doceira queria adiar a festa de aniversário de Thalyta, deixando a garota doente. E isso em razão de ela ter gasto os R$ 8 mil recebidos antecipadamente pela comida, a decoração e a confecção dos convites da festa de 15 anos da jovem e não ter mais como cumprir com o prometido. A mulher então teria colocado veneno de rato nos brigadeiros e mandado por meio de um taxista para a casa da adolescente.

A defesa, todavia, diz que Margareth já havia trabalhado para a família em várias outras ocasiões, que ela não tinha motivos para envenenar a garota e que foi alvo de uma armação.

Em fevereiro de 2014, a juíza Mychelle Pacheco Cintra, da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, determinou que a doceira fosse para o banco dos réus. A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça, que manteve a decisão da primeira instância.

Margareth Aparecida Marcondes foi condenada a 10 anos e oito meses de prisão por tentativa de homicídio triplamente qualificada contra o ex-companheiro. Ela foi presa em Joinville, Santa Catarina, em 2012, mas acabou transferida para a Penitenciária Feminina de Piraquara, na Grande Curitiba, por causa do processo do envenenamento.

Em fevereiro de 2014, a Justiça autorizou que a mulher respondesse ao caso dos doces em liberdade, mas ela seguiu na cadeia, em regime fechado, devido à penalidade imposta na condenação. Em fevereiro deste ano, segundo a defesa, a doceira conseguiu progressão de pena e agora está no regime semiaberto, monitorada por tornozeleira eletrônica. Margareth hoje mora em São José dos Pinhais, também na região metropolitana da capital.

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