Os prédios com maior concentração de pessoas em Curitiba cresceram principalmente em dois pontos específicos da cidade: um que vai do Bairro Portão até o Cabral e outro que vai do Cristo Rei até o Bigorrilho. Essa análise faz parte de uma pesquisa chamada “Perfil da Produção Imobiliária Formal em Curitiba” realizada pelo Ippuc e que estudou os últimos 20 anos da cidade.

São considerados prédios de grande densidade aqueles que tem mais de 4 andares. Segundo a pesquisa nas últimas duas décadas os grandes edifícios construídos em Curitiba se concentraram na região central e imediações, especialmente nas direções Leste-Oeste e Nordeste-Sudoeste.

Nesses endereços estão os empreendimentos imobiliários de maior densidade, que concentram o maior volume de pessoas em um só local.  Segundo a arquiteta e coordenadora da pesquisa, Mônica Máximo da Silva, a análise mostra que embora haja uma produção periférica considerável, os empreendimentos com maior densidade continuam a se concentrar nas regiões centrais da cidade.

O desenho urbano da cidade tem particularidades conforme as regiões.  Nos bairros como o Xaxim, Cajuru, Atuba e Bairro Alto, predominam os chamados sobrados geminados. Já em Santa Felicidade estão os condomínios residenciais e no Tatuquara e Campo de Santana, as habitações de interesse social. Unidades habitacionais com grandes áreas estão localizadas no entorno de parques e os edifícios comerciais na Zona Central e em parte das Estruturais.

No mesmo período também houve grande volume de habitações de interesse social implantado nas bordas do município em as áreas de expansão da cidade, localizadas nos extremos Norte, na Barreirinha, Cachoeira e Atuba, e ao Sul, nos bairros Tatuquara e Campo de Santana.

Nesse ano, a prefeitura entregou à Câmara Municipal uma proposta da nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo. Entre as mudanças propostas estão: o aumento da área de comércio e serviços para 400 m² em qualquer lugar da cidade, coeficiente relativamente maior para habitação na Zona Central e o aumento da área de comércio e serviços de 400 m² para 2.000 m². O Legislativo deverá analisar a proposta e promover audiências públicas antes da votação que deverá ocorrer no primeiro semestre de 2019.

Reportagem: Felipe Harmata