Dono da JBS afirma que Cunha usou R$ 30 milhões para comprar deputados
O deputado cassado Eduardo Cunha é acusado de ter recebido R$ 30 milhões de reais em propina, dinheiro que teria sido usado para o peemedebista comprar apoio na eleição para Presidência da Câmara. A declaração foi dada pelo dono da empresa JBS, Joesley Batista, em delação premiada à Procuradoria Geral da República. Em depoimento, o empresário detalhou que R$5.600.000,00 foram repassados em doação oficial, outros R$ 12 milhões foram em dinheiro vivo e R$10.900.000,00 por meio de pagamentos com notas frias.
De acordo com o empresário, o valor foi repassado no ano de 2014. À época, Cunha venceu a eleição da Câmara dos deputados em primeiro turno, derrotando o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Cunha teve 267 dos 513 votos da Casa contra 136 de Chinaglia. Nas palavras de Joesley Batista, com o dinheiro, o ex-presidente da Câmara “saiu comprando deputados Brasil afora”.
Mesmo preso, o deputado cassado Eduardo Cunha teve um novo pedido de prisão preventiva decretado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin. O político do PMDB foi notificado na manhã de ontem (quinta-feira, 18) no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde está preso desde outubro do ano passado. Ainda segundo Joesley Batista, o ex-parlamentar recebia mesada da empresa para não fechar um acordo de delação premiada. O presidente Michel Temer foi gravado por um dos donos do grupo JBS dando aval para comprar o silencio do peemedebista. A defesa do ex-deputado não se manifestou sobre o caso.