O dono do Posto Comércio de Combustíveis Colina, que fica na margem da BR-116, entre Curitiba e Campina Grande do Sul, deve pagar pelo reparo dos seis veículos movidos a etanol que foram danificados ontem (20) após serem abastecidos com diesel.

O problema teria sido causado por uma confusão da administração do estabelecimento, que carregou por engano com diesel um reservatório do posto que era para armazenar etanol.

Um em seguida do outro, os veículos pararam de funcionar no meio do caminho depois de abastecer e os motoristas precisaram acionar guinchos da concessionária Autopista Regis Bitencourt.

Depois da denúncia dos motoristas guinchados, policiais da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor foram até o posto e coletaram amostras de combustíveis. O delegado Walace Brito afirma que o gerente do posto assumiu a responsabilidade.

O gerente contou que foram despejados por engano 8 mil litros de diesel no reservatório, que já armazenava 12 mil litros de etanol. Havia suspeita de adulteração no combustível também porque o posto já foi alvo da Operação Pane Seca, que investiga adulteração e fraude na venda de combustíveis em Curitiba e região.

Em março do ano passado, o Posto Comércio de Combustíveis Colina foi um dos nove postos fechados pela operação. Apesar da suspeita, a polícia descarta a adulteração proposital. A maior parte da composição de diesel e etanol não se mistura, como óleo e água. A confusão, segundo a polícia, ficou evidente.

Os veículos danificados foram levados ao pátio da concessionária em Quatro Barras. Os proprietários devem registrar boletins de ocorrência para que a polícia investigue o caso.

Eles podem pedir o ressarcimento apresentando a nota fiscal e um laudo de um mecânico com os problemas apresentados e peças que precisam ser trocadas. Além do prejuízo com os reparos, o dono do posto também perdeu 20 mil litros de combustível.