Em carta, Lula defende legado do PT e pede união democrática contra “ameaça fascista”
Em uma carta divulgada nesta quarta-feira (24), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o legado do PT e pede união de democratas no segundo turno das eleições contra o que chama de ameaça fascista. Lula está preso desde 7 de abril, há pouco mais de seis meses, na Polícia Federal de Curitiba, em cumprimento antecipado da pena a que foi condenado na Operação Lava Jato, no caso do triplex no Guarujá.
Desde o início da campanha, o ex-presidente tem usado cartas para se comunicar com a população. No novo texto, ele pede uma aliança democrática em torno do candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, mas não menciona o nome do adversário, Jair Bolsonaro, do PSL. Lula afirma que chegou à Presidência da República em 2002 para transformar o país pelo caminho do diálogo.
O ex-presidente diz ter orgulho do legado que o partido deixou para o país, especialmente do compromisso com a democracia. Ele lembra que o PT nasceu na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do Brasil. Lula também menciona o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e questiona se o ódio ao Partido dos Trabalhadores seria reação contra avanços sociais conquistados nos governos petistas.
O ex-presidente chama os cidadãos a se juntar em defesa do estado democrático de direito e afirma que se há divergências, elas devem ser enfrentadas por meio do debate, do argumento e do voto. Lula finaliza a carta dizendo que os eleitores não podem deixar que o desespero leve o Brasil na direção de uma “aventura fascista” e que “Fernando Haddad representa a sobrevivência do pacto democrático, sem medo e sem vacilações”. A carta foi publicada pela equipe de Comunicação no site oficial do ex-presidente Lula.
Reportagem: Lenise Klenk