Em Curitiba, Haddad diz que candidatura de Lula será registrada em agosto
Nomes tratados como opções para a impossibilidade de Lula concorrer à presidência, neste ano, estiveram na quarta-feira (11) no acampamento em solidariedade ao ex-presidente, detido aqui em Curitiba.
Os ex-ministros Fernando Haddad e Jaques Wagner visitaram os militantes durante a noite. Haddad foi um dos políticos mais festejados desde que o movimento começou.
De acordo com os líderes do grupo e com a polícia militar, cerca de duas mil pessoas estão acampadas nas proximidades da superintendência da PF. Por enquanto, nem Polícia Federal e tampouco a Secretaria de Segurança Pública do estado se pronunciaram a respeito da possiblidade de uma reintegração de posse.
Haddad reforçou a esperança do PT de que o STF rediscuta a prisão após sentença em segunda instância.
Haddad lembrou o abaixo-assinado lançado em defesa da candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz. A iniciativa foi do ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Nobel em 1980 pela garantia dos direitos humanos na América Latina.
Haddad também lamentou a restrição aos nove governadores e três senadores que estiveram em Curitiba, mas não conseguiram visitar o ex-presidente Lula.
O ex-prefeito de São Paulo reafirmou que o partido não discute nenhuma alternativa para as eleições, que não a candidatura de Lula. Outro nome citado para encabeçar a chapa do PT para o planalto, Jaques Wagner também discursou aos militantes acampados.
Durante o dia, várias caravanas se somaram ao movimento, que começou a se estabelecer na região nas primeiras horas do domingo (7) – tão logo o helicóptero que trazia Lula desembarcar na sede da PF na capital paranaense.
Líderes têm afirmado que os manifestantes vão permanecer no local, pelo menos até o dia primeiro de maio.