Em frente ao Palácio Iguaçu, manifestantes protestam contra Bolsonaro
A visita do presidente Jair Bolsonaro a Curitiba foi marcada por protestos nesta sexta-feira (10). Os manifestantes se reuniram no Centro Cívico para protestar contra o corte de 30% da verba para os gastos não-obrigatórios em instituições federais de Ensino Superior determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
O ato, convocado principalmente por estudantes, teve participação de professores, técnicos, integrantes da comunidade interna e externa de universidades e institutos federais. Além de se manifestarem pelo corte de verbas na educação, também houve protestos contra a reforma da previdência e o decreto que facilitou o porte de armas.
O estudante de Relações Públicas da Universidade Federal do Paraná, Pedro Henrique Silva dos santos, fala da importância de lutar pela educação e da manutenção das verbas para as instituições federais.
A estudante de química da UFPR, Carla Alana da Cruz Ferreira, também foi apoiar a manifestação e disse estar preocupada com o corte de bolsas de mestrado e doutorado.
Susi Monte Serrat, membro da Frente Feminista de Curitiba, fala da importância de defender os direitos das mulheres.
Grupos pró Bolsonaro também estavam reunidos no Centro Cívico, vestindo camisetas amarelas e segurando bandeiras do Brasil. Pouco antes da chegada da comitiva ao Palácio Iguaçu um representante do governo federal conversou com os manifestantes favoráveis à Jair Bolsonaro e pediu que se afastassem dos manifestantes contrários ao presidente. O número de pessoas que participou do protesto não foi oficialmente divulgado, mas a estimativa foi de mil e quinhentas pessoas contrárias a Bolsonaro e pelo menos 150 a favor do presidente.
O contingente de policiais militares no Centro Cívico também não foi informado pela PM. A manifestação foi convocada contra o corte de cerca de 30% das verbas de custeio que integram o orçamento descentralizado de universidades e institutos federais. O dinheiro é usado para pagar contas de luz, telefone, segurança, gasolina, insumos para laboratórios, entre centenas outros serviços. Na UFPR, o contingenciamento representou 48 milhões de reais a menos. A universidade informou que se o dinheiro não for liberado as atividades podem ser interrompidas em agosto. A UTFPR afirmou que o corte foi de 37%, portanto, superior ao esperado para a instituição.
Reportagem: Thaissa Martiniuk