Empresário investigado na 53ª fase da Lava-Jato deixa sede da Polícia Federal

 Empresário investigado na 53ª fase da Lava-Jato deixa sede da Polícia Federal

Foto: divulgação/PF

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O empresário Jorge Atherino, investigado na 53ª fase da operação Lava Jato e preso desde setembro do ano passado, deixou a carceragem da Polícia Federal no fim da tarde desta quarta-feira (16) depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal, dada no último sábado.

A Justiça Federal havia determinado o pagamento de oito milhões de reais de fiança para que o empresário deixasse a prisão, mas a defesa disse que Atherino não dispunha do valor em espécie. Diante disso, os advogados pediram a substituição da fiança por três imóveis que poderão ser hipotecados em favor da Justiça Federal. O valor dos imóveis, somados, ultrapassam os 25 milhões de reais.

O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, que é o responsável pela ação penal da 53ª fase da Lava Jato, acatou o pedido e expediu o alvará de soltura do empresário.  Atherino é acusado de ser o “operador financeiro” de um esquema de pagamento propina ao grupo político do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB).

A decisão de soltar o empresário foi dada no último sábado (12 de janeiro) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. O ministro acatou os argumentos da defesa de Atherino que afirmou que a movimentação financeira das empresas dele, por si só, não justificaria a prisão. Os advogados ainda alegaram que, como Beto Richa não é mais governador do Paraná e Atherino não atua mais com o ex-governador, não há risco de recorrência do crime.

De acordo com decisão da 23ª vara federal, o acusado terá de usar uma tornozeleira eletrônica, está proibido de manter contato com os demais denunciados, deve permanecer afastado de qualquer atividade relacionada a gestão das empresas identificadas na investigação e está proibido de sair da cidade onde mora.

A operação, batizada de Piloto, foi deflagrada em setembro do ano passado e apura o pagamento de R$ 4 milhões em propinas pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados do Paraná.

Em contrapartida a empreiteira teria sido beneficiada na licitação para as obras da rodovia estadual PR-323, no interior do Estado, no ano de 2014. O dinheiro teria ajudado a financiar a campanha de reeleição do ex-governador do estado em 2014. Atherino foi preso juntamente com o ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, que não foi beneficiado pelo habeas corpus de Toffoli e segue preso em Curitiba.

Reportagem: Thaissa Martiniuk

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