Engenheiro diz que funcionários foram relocados de obra pública para reforma em Sítio de Atibaia

 Engenheiro diz que funcionários foram relocados de obra pública para reforma em Sítio de Atibaia

Um engenheiro subcontratado pela Odebrecht afirmou em depoimento a força-tarefa da Lava Jato que desviou uma parte dos funcionários de uma obra em uma das maiores favelas de São Paulo para a reforma do Sítio em Atibaia. O imóvel é objeto de investigação na terceira ação penal a que o ex-presidente Lula responde no âmbito da Operação.

Segundo a denúncia, as reformas no sítio teriam custado cerca de um milhão de reais e teriam sido bancadas pela Odebrecht e pela OAS. Segundo depoimento de Frederico Barbosa, prestado em fevereiro do ano passado, mas que só agora foi anexado ao processo, o pedido para execução das reformas partiu do então assessor presidencial Rogério Aurélio Pimentel.

De acordo com o engenheiro, a solicitação foi feita em meados de 2010. Inicialmente ele teria sido convocado para fazer uma vistoria no apartamento em São Bernardo do Campo – que também era utilizado por Lula – e, na sequência, no sítio.

No apartamento em São Bernardo do Campo, Barbosa verificou um vazamento de água e orientou como deveria ser feita a reforma. Na sequência, o engenheiro foi guiado até o sítio, para conferir como estava o andamento da reforma, que estava sendo feita para o ex-presidente. A obra deveria ser concluída em 15 dias.

Devido ao curto prazo para a conclusão da reforma, Barbosa verificou com seu superior a possibilidade de deslocar funcionários de uma obra de saneamento em Heliópolis, na região de São Caetano e Santo André, em São Paulo, que também era realizada pela Odebrecht.  De acordo com o engenheiro, cerca de vinte pessoas teriam sido realocadas para a reforma no sítio.

Para o Ministério Público Federal, as melhorias no Sítio de Atibaia foram bancadas pela Odebrecht e pela OAS. Os recursos teriam vindo de seis contratos firmados entre as empreiteiras e a Petrobras. Em troca, Lula teria beneficiado as empresas mantendo nos cargos os ex-executivos da estatal Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que estavam à frente do esquema de corrupção. Todos já foram condenados na Lava Jato.

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