Especialista aponta melhor caminho para a compra de vacinas contra covid-19
O Paraná já tem R$ 200 milhões “reservados” para a compra de vacinas contra a covid-19. Metade do valor foi anunciado pelo governo estadual e está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, enquanto a outra parte deve ser encaminhada pela Assembleia Legislativa (Alep). Mesmo sem uma data exata para a disponibilidade das doses no mercado, os valores devem ser investidos na compra do material assim que ele for colocado à venda.
No entanto, o ideal é que essa compra fosse feita de maneira conjunta com a união. De acordo com o professor da Academia Brasileira de Direito Constitucional, Rodrigo Kanayama, a situação da pandemia trouxe medidas atípicas para este tipo de trâmite.
Segundo o especialista, o estado pode fazer a compra por conta própria, garantindo o acesso da população à imunização. Mas ele reforça que a compra por intermédio do governo federal garantiria preços mais acessíveis para o país e consequentemente economia para os governos estaduais.
Além disso, a distribuição das doses também poderia ser feita de maneira a priorizar regiões que contam com maior população integrante dos grupos de risco, com um manejamento do estoque mais efetivo.
O Paraná tem ainda uma parceria de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção da vacina contra a covid-19, por meio do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) e negocia uma cooperação técnica para conclusão de testes de uma vacina que está em desenvolvimento pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, da Rússia.
Reportagem: Ana Flavia Silva