A Estação de Tratamento de Esgoto Belém, responsável pelo tratamento de grande parte do esgoto de Curitiba, foi ampliada. A obra aumenta em 70% a capacidade de tratamento de rejeitos das bacias dos rios Belém, Iguaçu e Pequeno, de 1.500 para 2.520 litros de esgoto por segundo. A cerimônia de entrega da obra foi realizada nesta quinta-feira (28). A ampliação torna a Estação Belém a maior do Estado. O investimento, feito em duas etapas, é de cerca de R$ 140 milhões, sendo que parte do recurso foi financiado pela Sanepar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Atualmente, a ETE Belém trata o esgoto de aproximadamente 800 mil moradores de Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana. O aumento do atendimento ocorre de forma gradativa, já que a estação foi projetada para suprir o crescimento da demanda até o ano de 2033. O governador Ratinho Junior afirma que a obra amplia os índices de saneamento do Paraná.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, comenta sobre a posição do Estado no ranking nacional.

O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, destaca que a Estação acompanha o crescimento da população:

Os novos tanques modificam o processo de tratamento da ETE Belém e é mais eficiente sob o ponto de vista energético. Isso ocorre porque, nos tanques de decantação primária, há remoção de parte significativa da carga orgânica do esgoto, gerando um lodo com maior potencial de aproveitamento energético. Além disso, a redução da carga orgânica na primeira fase de tratamento demanda menos energia elétrica na etapa seguinte, a de aeração. Por dia, a ETE Belém produz cerca de 840 metros cúbicos de lodo que são enviados à CS Bioenergia. Lá ocorre o tratamento anaeróbio e, consequentemente, a geração de biogás, que é convertido em energia elétrica e calor, em vez de serem enviados diretamente para aterro sanitário. As ações da Sanepar visam também o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que são uma agenda mundial, proposta pela ONU, a fim de promover um mundo mais sustentável e inclusivo com metas até 2030.

Reportagem Fernanda Scholze