Estradas sem pedágio: Motoristas reclamam da conservação
Falta de manutenção adequada impacta no bolso do usuário e na economia
A conservação das rodovias paranaenses sofre com o fim da concessão dos pedágios. Desde o encerramento dos contratos, em 27 de novembro do ano passado, e ainda sem previsão de novas concessões, já que o modelo continua em discussão, o serviço de manutenção das estradas do Anel de Integração do Paraná é feito em caráter emergencial até a assinatura dos novos contratos do pedágio. No entanto, usuários têm reclamado das condições da pista e também da agilidade nos atendimentos.
De acordo com o engenheiro civil, Hugo Alexandre Martins Pereira, especialista em Engenharia de Transportes e professor da Universidade Positivo, a demora no atendimento dos problemas agrava a situação.
A baixa qualidade dos serviços tem impacto ainda maior no setor de transportes, como indica o Coronel Sérgio Malucelli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar).
O presidente indica que há pontos críticos em regiões próximas à Guarapuava, entre Maringá e Cascavel e também no trecho que vai ao litoral. O governo estadual reforça que a maior parte das rodovias do Anel de Integração são federais (80%) e, portanto, a responsabilidade pela manutenção nestes trechos fica a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Quanto ao trecho mantido pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), o contrato emergencial inclui remendos superficiais e profundos, reperfilagem e microrrevestimento, além de serviços de conservação da vegetação, limpeza e recomposição de elementos de drenagem, da sinalização e de dispositivos de segurança viária. Os contratos têm previsão de dois anos, com aporte de R$ 93,5 milhões, mas podem ser suprimidos antes, caso a concessão seja efetivada.
Reportagem: Amanda Yargas.