Estudo mostra que crimes de feminicídio tem características cruéis e estão associados a outros crimes
No Paraná, o dia 22 de julho é o dia estadual de combate à violência contra a mulher. Estudos que estão em curso no estado detalham as características desse tipo de crime que, entre outros fatores, estão relacionados a cultura patriarcal da sociedade em que vivemos. Um destes estudos, da Universidade Federal do Paraná, faz um mapeamento do feminicídio no Estado.
De acordo com o estudo, os crimes de gênero são caracterizados pelo alto grau de crueldade e tem peculiaridades quando comparado a outros tipos de crimes.
De acordo com a pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, Priscila Plachá Sá, a pesquisa tem mostrado que os crimes contra mulheres têm uma espécie de assinatura e os crimes contra mulheres negras são os que mais crescem crescer:
Ainda segundo a pesquisadora, os assassinatos contra mulheres na maioria das vezes, é acompanhado também de outros elementos como a utilização de fogo e a asfixia:
Priscila explica ainda que os estudos mostram que as minorias são as maiores vítimas do feminicídio no Brasil:
A pesquisadora Marlene Tamanini, que é vice coordenadora do núcleo de gênero da UFPR, destaca a importância da lei do feminicídio para que a os crimes de feminicídio possam chegar aos tribunais para serem julgados levando em conta todas as características deste tipo de crime:
A Lei Estadual de Combate ao Feminicídio implantou em todo o Paraná, o Dia de Combate ao Feminicídio na data da morte da advogada Tatiane Spitzner. Tatiane foi encontrada morta após cair do prédio onde morava, em Guarapuava.
Segundo laudo do Instituto Médico-Legal (IML) a morte foi causada por asfixia mecânica e o então marido foi acusado pelo Ministério Público do Paraná de homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia mecânica, dificultar a defesa da vítima, além de feminicídio.
Reportagem Angela Luvisotto