Ex-deputado federal André Vargas é solto depois de três anos e meio de prisão
Depois de três anos e meio de prisão, o ex-deputado federal André Vargas, que foi filiado ao PT, deixou na tarde desta sexta-feira (19) o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Grande Curitiba. Ele está em liberdade condicional por ter cumprido mais de um terço da pena a que foi condenado, ter mantido um bom comportamento carcerário e ter proposta de trabalho.
André Vargas, que foi vice-presidente da Câmara Federal, recebeu uma pena de pouco mais de 13 anos e dez meses de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele foi o primeiro político condenado em um processo decorrente da Operação Lava Jato. Em nota, as advogadas de Vargas, Nicole Trauczynski e Elisa Blasi, dizem que a liberdade é uma decisão judicial acertada, depois do cumprimento de todos os requisitos legais e inúmeras demandas judiciais que foram colocadas em função de lacunas do sistema de execução penal. A decisão é da juíza Luciani de Lourdes Tesseroli Maronezi, da 2.ª Vara de Execuções Penais de Curitiba.
O ex-deputado foi condenado por ter recebido um milhão e cem mil reais de um esquema de repasse de recursos da agência de publicidade Borghi/Lowe, contratada pelo Ministério da Saúde e pela Caixa Econômica Federal. A ação penal estava relacionada à 11.ª fase da Lava Jato. Em julho, André Vargas foi absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em outro processo, relacionado à compra de uma casa em Londrina, no Norte do Paraná, em 2011.
De acordo com a Justiça, o ex-deputado já cumpriu 37% da pena a que foi condenado. Entre as condições impostas para a liberdade condicional estão a de se apresentar a cada dois meses à Justiça; não se ausentar do município onde mora por mais de 15 dias, que é Londrina, sem prévia autorização judicial; recolher-se diariamente até as 23h na casa onde mora; e manter uma ocupação lícita formal ou estudar.
Reportagem: Lenise Klenk