Ex-diretor do DER vai ficar preso por tempo indeterminado
A juíza federal substituta Gabriela Hardt acolheu o pedido do Ministério Público Federal e decretou a prisão preventiva de cinco dos seis investigados detidos na fase mais recente da Lava Jato. A Operação investiga corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no Paraná.
Entre os que vão seguir presos, por tempo indeterminado, está o diretor-geral afastado do Departamento de Estradas de Rodagem do estado, Nelson Leal Júnior, e o diretor-presidente da concessionária Triunfo Econorte, Hélio Ogama. A juíza reconheceu que há boa prova de autoria dos crimes, além de risco à ordem pública, à aplicação da lei penal e à investigação.
Antes da manifestação do Ministério Público Federal, os investigados cumpriam prisão temporária, com validade de cinco dias. Agora, eles seguem detidos sem prazo para deixar a custódia da Polícia Federal. O então diretor financeiro do Grupo Triunfo, Sandro Antônio de Lima, que também estava preso, não teve a prisão temporária convertida em preventiva.
Em despacho, a juíza sinalizou que, em princípio, não foram localizados indícios de que o executivo tenha se beneficiado financeiramente do esquema. Ao invés da prisão, Antônio de Lima terá que cumprir algumas medidas cautelares, como não mudar de endereço, não deixar o país, não se comunicar com os demais investigados, além de não ocupar direção em estatais ou concessionárias de serviço público.
Além do diretor-geral afastado do DER e do diretor-presidente da Triunfo Econorte, vão seguir presos o ex-funcionário do DER, Oscar Gayer da Silva; o sócio da Eco Sul Brasil Construtora, Wellington Volpato; e o administrador da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra.
Segundo as investigações, a concessionária Triunfo Econorte realizava pagamentos indevidos a agentes públicos e, em contrapartida, era favorecida em contratos e termos aditivos, o que possibilitava também o aumento das tarifas de pedágio.