Ex-procuradores-gerais da República são ouvidos por Moro como testemunhas de defesa do ex-presidente Lula
O juiz Sérgio Moro vai ouvir nesta quarta-feira (14) sete testemunhas de defesa na ação penal em que o Ministério Público Federal acusa Lula de ter sido beneficiado pela Odebrecht que, em troca de contratos com a Petrobrás, teria custeado um terreno para a sede do Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo, São Paulo. Entre os depoentes estão dois ex-procuradores-gerais da República, Cláudio Fonteles e Antônio Fernando de Souza, arrolados como testemunhas de defesa de Lula.
Fonteles atuou no cargo entre os anos de 2003 e 2005 e foi indicado pelo então presidente Lula e Souza foi responsável por apresentar ao Supremo Tribunal Federal a denúncia dos casos de corrupção do mensalão.
O deputado federal Henrique Fontana, do PT do Rio Grande do Sul, também será ouvido. Esta etapa do processo segue até o dia 12 de julho e até lá, mais de 100 pessoas ainda serão ouvidas como testemunhas de defesa.
Os depoimentos desta quarta-feira (14) ocorrem de manhã e à tarde, por videoconferência. No total, oito réus respondem a ação penal. Neste processo, é investigada a compra de um terreno, pela Odebrecht, que seria destinado à construção de uma nova sede para o Instituto Lula, além da compra de um apartamento vizinho ao local onde o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo (SP).