Ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, prefere ficar calado na Polícia Federal

 Ex-secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, prefere ficar calado na Polícia Federal

Foto: BandNewsFM/ Thaissa Martiniuk

(Foto: divulgação/Thaissa Martiniuk)

Frente a frente com a Polícia Federal, o ex-secretário de Infraestrutura do Paraná, Pepe Richa, preferiu ficar em silêncio, seguindo a orientação da defesa. Ele foi um dos alvos da 55ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Integração II, que apura um suposto esquema de corrupção envolvendo a concessão de rodovias federais no Paraná. Pepe é irmão do ex-governador do Estado e foi preso no último dia 26 de setembro, quando seria ouvido pela PF.

Ele teve a prisão convertida em preventiva, que não tem prazo para encerrar. A defesa do investigado afirmou que ele não sabe porque foi preso já que na ordem judicial não constaria o motivo. Os advogados alegam que Pepe nunca foi intimado pela Polícia Federal para depor, exceto para responder questionamentos na Operação Piloto, deflagrada dias antes.

Segundo as apurações da Lava Jato, em troca de vantagens ilícitas, as concessionárias foram beneficiadas com aumentos nas tarifas de pedágio e com a supressão de obras de duplicação de estradas que deixaram de ser feitas. O esquema teria movimentado pelo menos 60 milhões de reais em propinas. O valor é estipulado sem considerar as atualizações monetárias já que os pagamentos teriam ocorrido de 1999 até o início de 2018. As concessionárias pagavam propina todos os meses a agentes públicos do Departamento de estradas de Rodagem e da Agepar (Agência Reguladora do Paraná) para obter vantagens como a aprovação de aditivos contratuais. Parte dos contratos firmados entre as concessionárias e o governo também era destinada como propina.

Segundo o Ministério Público Federal, para dissimular os valores, as concessionárias superfaturavam a contratação de serviços com empresas indicadas por Pepe Richa, então secretário de Infraestrutura e Logística. O Diário Oficial do Paraná traz na edição desta terça-feira (02), a publicação de ato da Secretaria de Infraestrutura e Logística abrindo sindicância para apurar fatos investigados pela Lava Jato referentes à Operação Integração II.

A medida é resultado de uma determinação do Executivo para que a Controladoria Geral do Estado tomasse as providências cabíveis em relação às denúncias envolvendo o programa de concessões. A partir disso, a Secretaria de Infraestrutura foi oficiada, abriu sindicância e comunicou as seis concessionárias sobre a investigação administrativa em curso.

Reportagem: Juliana Goss/ Cleverson Bravo/Lorena Pelanda

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