A Justiça acatou uma denúncia da força-tarefa Lava Jato contra o ex-senador do PRB, Ney Suassuna, e o ex-cônsul Honorário da Grécia no Rio de Janeiro, Konstantinos Kotronakis, pelo envolvimento no esquema de corrupção nos contratos de afretamento de navios pela Petrobras com armadores gregos. Agora, portanto, eles se tornam réus da operação.

Segundo a denúncia, foram praticados crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no afretamento de navios da Petrobras. Pelo menos US$ 17,6 milhões foram movimentados em propinas e comissões ilícitas.

O Ministério Público Federal também denunciou mais oito pessoas, entre elas o ex-gerente de Afretamentos da Petrobras, Dalmo Monteiro Silva, o filho do ex-cônsul, Georgios Kotronakis e os operadores financeiros Jorge e Bruno Luz.

De acordo com o MPF, cada contrato de afretamento gerava o pagamento de 2% para contas bancárias de empresas offshores vinculadas ao ex-cônsul mantidas na Grécia, Luxemburgo, Reino Unido e Suíça. Os valores teriam sido divididos entre funcionários da Petrobras – como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa – além de agentes ligados ao PP.

Reportagem: Juliana Goss