Falha geológica pode ser a causa de abalos na Grande Curitiba
Quase dois anos depois de uma série de tremores em Itaperuçu e Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba, a região voltou a registrar abalos nesta semana. E o Centro de Sismologia da USP, Universidade de São Paulo, não descarta a possibilidade de mais eventos nem de que haja uma falha ou fissura geológica por trás das ocorrências.
De acordo com o técnico em Sismologia José Roberto Barbosa, o Brasil está no centro de uma placa tectônica e, por isso os episódios são menos intensos. O que não significa que eles não possam ocorrer.
Desta vez, o abalo – com duração entre dois e três segundos – foi relatado por moradores de Rio Branco do Sul por volta das 4h30 da madrugada de ontem (23). O locutor Elias Santos, que mora na cidade, fez uma transmissão logo após o abalo.
O tremor, de 2,5 graus na Escala Richter, também foi sentido por moradores de Itaperuçu, cidade vizinha à Rio Branco do Sul. Mesmo assim, não houve danos materiais e nem vítimas. O evento foi o sétimo do tipo no estado em cerca de 13 anos.
O abalo mais intenso registrado no Paraná nos últimos anos ocorreu em 2006, nas imediações de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais do Paraná. Já o episódio de 2017 chegou a 3,5 graus e foi sentido em um raio de até 100 quilômetros do epicentro.
A Escala Richter não tem exatamente um limite. O maior terremoto já registrado no mundo ocorreu no Chile, em 1960: foram 9,5 graus. O abalo foi provocado pelo contato entre placas tectônicas ao longo de 965 quilômetros da costa chilena, mas como a zona de atrito poderia ter sido maior, a classificação da medição pode subir indefinidamente.
Reportagem: Daiane Andrade