Falta de água é consequência do desmatamento e do setor da agricultura, segundo especialista em Gestão Ambiental
Quarenta e cinco bairros de Curitiba e região estão sem água, desde a tarde de segunda-feira (05), devido ao rodízio de abastecimento. Segundo a Sanepar, a previsão é que a água volte ao normal às 04 horas da manhã desta quarta-feira (07).
O rodízio de abastecimento é uma ferramenta para combater a crise hídrica vigente no estado há mais de ano. Em nível nacional, o Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta para emergência hídrica no Paraná e em outros cinco estados, até o mês de setembro. O doutor em Engenharia Mecânica e professor de Gestão Ambiental, Alysson Nunes Diógenes, aponta que o aquecimento global e o aumento da demanda são as principais causas para a estiagem.
No entanto, o setor da agricultura é o que mais consome água no estado.
Para poupar água, o professor acredita que o ideal seria reduzir o desperdício de água no campo. Já em casa, as técnicas são conhecidas pela população.
A escassez de água é a “possível próxima pandemia”, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção é que 130 países enfrentem risco de seca e 23 nações sofrerão com a falta de água por conta do crescimento populacional. Nesta terça-feira (06), a média dos reservatórios que abastece Curitiba e região está em 54,6%, segundo a Sanepar.
A situação mais crítica é na barragem Iraí, que está com 43% da capacidade. Já a mais favorável é a barragem Piraquara II, que tem 80% da capacidade.
Reportagem: Larissa Biscaia