Uma pesquisa revelou que as família com maior poder aquisitivo são as que possuem mais dívidas no Paraná. De acordo com a Fecomércio-PR, entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o endividamento chega a 93,4%, contra 86,7% nas famílias com rendimentos abaixo deste patamar. Por outro lado, por ter maior renda, as classes A e B possuem melhores condições de pagamento e apenas 12,7% das famílias mais abastadas possuem contas em atraso. Nas famílias com renda até dez salários mínimos, esse percentual é de 25%. De acordo com Priscila Pacato, do setor de pesquisas da Fecomércio, o endividamento, neste caso, é positivo para e economia do Paraná, já que as pessoas estão conseguindo quitar suas dívidas.

Priscila disse que o endividamento representa as compras feitas com o uso de crédito, como compras no cartão de crédito ou financiamentos imobiliários. A pesquisadora diz que, como as famílias mais ricas possuem maior crédito em bancos, é natural que façam mais compras a serem pagas em prestações e adquiram dívidas.

Apesar de o maior número de endividados estarem com as famílias de classe A e B, o endividamento subiu em todas as classes econômicas no estado. Para os elaboradores da pesquisa, isso representa uma retomada no crescimento econômico no Paraná, já que todas as pessoas estudadas estão conseguindo pagar os financiamentos, ao contrário do que acontece no resto do país.

Apesar do otimismo da Fecomércio, as contas atrasadas, que superam os 90 dias de atraso, atingem 23,3% entre todas as famílias do estado. Esse indicador tem apresentado queda desde abril, e a entidade acredita que isso pode ser creditado ao início da liberação das contas inativas do FGTS.